Desfile RONALDO FRAGA-SPFW Verão 2013/2014,

Ronaldo Fraga
 Créditos: Zé Takahashi/Ag. Fotosite




Marca: Ronaldo Fraga
Direção criativa: Ronaldo Fraga
Styling: Daniel Ueda
Beleza: Marcos Costa
Trilha: Celio Balona
Inspirações: Futebol dos anos 1930, 40 e 50
Materiais: Seda pura, linho acetinado
Cores: Branco, marfim, vermelho, azul e tons vibrantes, como pink e verde limão
Highlights: “Pai, faz uma coleção sobre futebol?”, pergunta Ludovico, o filho mais velho, louco pelo esporte. “Não tem nada a ver isso”, responde o pai. Mas ao ler as crônicas de Nelson Rodrigues sobre futebol, Ronaldo se apaixonou e pensou: “Se eu não fizer isso antes de 2014, não faço mais”. Então, seu verão tem essa inspiração, mas como sempre acontece nos desfiles de Fraga, traz muita história por trás.
Fraga foi guiado pelas histórias que ouvia de seu pai, jogador na década de 1950, mas ao longo do processo, percebeu que eram história brasileiras de um futebol ainda inocente e romântico. A elite branca dominava os campos e quando passaram a aceitar mestiços, a partir de 1930, era normal que os negros fossem surrados pelo juiz ou pelo time ao cometer uma falta. “Quem rompeu com isso foi Pelé”, conta.
O negro levou a ginga da capoeira para driblar o oponente. Para a Copa do Mundo de 1938, na França, Getúlio Vargas impôs que o país tivesse um time com a sua cara, obviamente com a inclusão de mestiços e negros. O Brasil ficou em 6º lugar, mas foi a seleção mais comentada porque, pela primeira vez, se via o futebol-arte.
São muitas as histórias que Ronaldo conta e que enriquecem também a maneira como percebemos a coleção.
A coleção olha para o “futebol do Brasil pobre, que infelizmente não será abordado nas campanhas da Copa”. Ronaldo criou times, uniformes e emblemas fictícios (Amadores, Só de Amor) de forma que muitas peças parecem roupas de menino no corpo das modelos: bermudas, shorts e camisetas são amplas e folgadas. As listras, que existiam para confundir o adversário em campo, estão em quase todos os looks. Se não é listra, é bola. E a cartela de cores, que começa nos tons dos uniformes britânicos antigos (marfim, branco, vermelho e preto), transforma-se ao longo da apresentação em uma combinação de cores vibrantes, como verde limão, pink, “quase de gosto duvidoso”, brinca o estilista. E que delicadeza a bolsinha em forma de rádio de pilha.
A beleza acompanha com as modelos com cabelos de Bombril. “Pedi para o Marcos Costa: quero um cabelo ruim. As meninas são lindas, mas com Bombril na cabeça. Ninguém aqui vai alisar o cabelo”. (CY)(FFW)
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